Uma megaoperação de fiscalização envolveu vários órgãos do GDF e percorreu ruas e avenidas de Ceilândia e do Sol Nascente/Pôr do Sol para checar se a população e os comerciantes estavam cumprindo o novo decreto do governador Ibaneis Rocha, publicado nesta quarta-feira (8), que suspendeu a normativa Nº 40.939 2 de julho de 2020. Trinta estabelecimentos foram advertidos e fechados em Ceilândia. Duzentos foram vistoriados no Sol Nascente/Pôr do Sol e doze foram trancados.



“Esse novo decreto foi publicado para salvar vidas. Várias operações foram feitas na nossa cidade, conscientização da população e fiscalização dos comércios, mas, infelizmente, os casos têm aumentado em Ceilândia”, lamentou o administrador, Marcelo Piauí. “Algumas pessoas ainda não entenderam a necessidade de não aglomerar, de fazer o uso das máscaras e do álcool”, comentou o gestor.

A ação, que teve início às 9h da manhã, contou com a participação de agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran, Corpo de Bombeiros, DF Legal, Vigilância Sanitária, Procon, DER, Ibram, além de servidores das Secretarias de Governo, Agricultura e Cidades. Ao todo, sete equipes – quatro circulando por Ceilândia Sul e Norte, P. Sul e P Norte, duas pelo Pôr do Sol e Sol Nascente e uma, exclusiva, para vistoriar as feiras -, saíram em comboio pelos locais de maior concentração de pessoas e comércio.

A comitiva chamou atenção por onde passava. A abordagem, educativa e de conscientização, era para chamar atenção da comunidade local sobre o novo decreto vigente. Muitos proprietários de estabelecimentos foram pegos de surpresa. “É ruim para mim, mas é preciso fazer a fiscalização porque a coisa está feia por aqui”, disse Marta Maria de Trindade, 65 anos.

“A ideia é alertar os comerciantes que não se enquadram no novo decreto e aqueles que se enquadram têm que atender as normas sanitárias corretamente, não vamos deixar passar, por exemplo, um estabelecimento que tiver funcionários sem máscaras, por exemplo”, alertou Sandro Cardoso, auditor da Vigilância Sanitária.

De modo geral, a população e estabelecimentos das duas regiões administrativas aderiram, com rapidez, ao novo decreto. Na avenida principal da Expansão do P Norte, por exemplo, salões de beleza e academias se encontravam fechados. Supermercados e farmácias eram vistoriado com atenção e alguns proprietários orientados. Para evitar aglomeração, a administração colocou cordão de isolamento em quadras e lacrou com solda 16 campos de futebol society. “Mas alguns já tiveram os portões arrombados”, reclamou o administrador.

Para o secretário do DF Legal, Cristiano Mangueira, o que leva as pessoas a desrespeitarem as normas é a falta de informação e desconhecimento das leis. “O que leva as pessoas a não respeitarem o decreto é a questão do desconhecimento legal, ainda não deu tempo ainda da população tomar ciência da nova determinação, por isso que as primeiras ações serão de orientação”, destacou. “O decreto do governador foi expedido em cumprimento de ação judicial e visa, sobretudo, o interesse da população, resguardar a segurança pública”, ressaltou.