Chove no Rio há quase 24 horas e a cidade se transformou em vários bolsões d’água em bairros das zonas norte, sul e oeste. Devido ao volume de chuva, a cidade entrou em estágio de atenção às 8h15. 

Foto | Davi Carvalho

De acordo com o Sistema Alerta Rio da prefeitura, “em alguns bairros choveu em um dia o esperado para o mês inteiro”. Em áreas de risco, devido a grande quantidade de chuva, a Defesa Civil municipal acionou 28 sirenes de alerta em 13 comunidades com alto risco de deslizamento, entre elas, a Rocinha, na zona sul, além do Salgueiro, Sumaré e Borel, na área do Maciço da Tijuca, que acumulou o maior volume de chuva. 

O estágio de atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco, e significa que uma ou mais ocorrências impactam a cidade e afetam a rotina de parte dos moradores. 

Os registros nas estações pluviométricas do Alto da Boa Vista e da Grota Funda apontam que choveu em apenas um dia mais do que o esperado para todo o mês. A média histórica para a estação do Alto da Boa Vista é de 148,4 milímetros (mm), e nas últimas 24 horas, o acúmulo chegou a 248,4 mm. Na Grota Funda, que tem média histórica de 107,3 mm, choveu nas últimas 24 horas 181,8 mm. 

O Alto da Boa Vista foi interditado ao trânsito. Às 14h foi atingido um dos parâmetros de fechamento da via, definidos pelo Instituto de Geotécnica do Rio (GeoRio), de 250 mm de chuva em 24 horas. 

A Defesa Civil municipal recebeu 56 chamados pelo canal 199, desde as 21h de ontem (21). Foram 20 ocorrências por ameaça ou desabamento de estrutura; 18 para imóveis com rachadura e infiltração; 13 por ameaça ou deslizamento de encosta; duas por queda de muro ou revestimento externo; uma por ameaça de rolamento de pedra; e outras duas de caráter preventivo. 

De acordo com o órgão, os bairros mais atendidos são Tijuca, Itanhangá, Alto da Boa Vista, Campo Grande, Bangu, Guaratiba, Freguesia, Bonsucesso, Vargem Grande e Paciência. Além das vistorias, técnicos do órgão estão de prontidão no Centro de Operações Rio (COR) para atender os casos de emergência. 

Os principais pontos de alagamento na zona oeste são as comunidades de Rio das Pedras e Muzema, com alagamento de casas e comércio. Há também o alagamento do Jardim Maravilha, em Guaratiba, e o transbordamento do Canal do Rio Morto, na Estrada Vereador Alceu de Carvalho, que liga o Recreio dos Bandeirantes ao bairro da Vargem Grande. 




BRT 

O serviço expresso de ônibus do sistema de transporte rápido foi normalizado por volta das 15h. Devido ao alagamento das pistas, o trecho entre as estações Santa Veridiana e o bairro de Santa Cruz, no corredor Transoeste, ficou fechado por cerca de 3 horas. Já os intervalos dos ônibus expressos que ligam Santa Cruz ao terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, ainda estão em processo de normalização, trafegando com atraso.

Recomendações

A prefeitura pede que a população evite o deslocamento entre a tarde de hoje e madrugada de amanhã, não vá pelas regiões mais atingidas pela chuva, evite áreas sujeitas a alagamentos e/ou deslizamentos e não force a passagem de veículos em áreas aparentemente alagadas.

Em casos de ventos fortes e/ou chuvas com descargas elétricas, não se deve aproximar de árvores ou áreas descampadas. Nos pontos de alagamento, o melhor é não ter contato direto com postes ou equipamentos que possam estar energizados. O contato com a água de alagamentos também deve ser evitado porque a água pode estar contaminada e oferecer riscos à saúde.

Se houver sinais de rachaduras, trincas ou abalo na estrutura das residências, o morador precisa acionar a Defesa Civil pelo número 199 e evitar permanecer em casa. Moradores de áreas de risco precisam ficar atentos aos alertas sonoros, porque o acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento.

As pessoas devem se deslocar para os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil Municipal. Os locais são informados pelo número 199. Em casos de emergência, ligue para os telefones 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).

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