Em 2021, mais de 2 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença pela rede pública do DF
Foto: Geovana Alburquerque.
Instituído como Dia Mundial de Combate ao Câncer, 4 de fevereiro é uma data importante que alerta para a importância de investir na conscientização e na prevenção. Só no ano passado, 2.394 pessoas foram diagnosticadas com tumores cancerígenos pela rede pública do Distrito Federal, que oferece serviços para o diagnóstico e tratamento. Ainda em 2021, a Secretaria de Saúde (SES) registrou 2.367 óbitos causados por câncer. Pelo segundo ano consecutivo, essa doença foi a terceira maior causa de mortes identificadas pela rede pública – em 2020, foram 2.756 óbitos pela mesma causa.
Referência Técnica Distrital (RTD) em oncologia clínica, o médico Gustavo Ribas reforça que é fundamental fazer consultas regulares e exames de rastreamento, como o citopatológico – conhecido como Papanicolau –, a mamografia, o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o chamado exame do toque. "O diagnóstico precoce possibilita tratamento com maior possibilidade de cura e reduz a mortalidade", explica.
O trabalho das equipes de saúde ajuda a salvar vidas, como a de Rafael Pugliezzi Silva, 38 anos. Morador de Valparaíso (GO), ele buscou a rede pública do DF após fortes dores nas costas e no abdômen. Internado no Hospital Regional de Santa Maria, recebeu o diagnóstico de câncer no testículo esquerdo, com metástase no pulmão e na membrana que recobre a superfície dos órgãos digestivos.
Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são oferecidos pela rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde
Hospitais Universitário de Brasília, Regional de Taguatinga e de Base são as três referências no DF em tratamento oncológico
"Hoje eu estou aqui para dar o meu testemunho a quem está encarando o câncer, para dizer que não desista, porque sempre podemos ter uma segunda chance", afirma Rafael. Além do Hospital Regional de Santa Maria, ele também foi atendido no Hospital de Base, onde passou por cirurgias, sessões de quimioterapia e de hemodiálise, porque os rins pararam de funcionar durante o tratamento.
Rafael fez quimioterapia até 22 de dezembro de 2019 e retirou o último nódulo em 14 de janeiro de 2020. No ano seguinte, foi a vez da cirurgia no pulmão. Até hoje ele faz acompanhamento de três em três meses no ambulatório do Hospital de Base. "O tratamento foi completo, desde os exames, as internações e, finalmente, as cirurgias", relembra a esposa dele, Gizela Barbosa Pugliezzi.
Atendimento especializado
O DF tem três hospitais de referência para o tratamento do câncer: Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital de Base (HB), atualmente sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Até novembro de 2021, foram registradas nos ambulatórios dessas unidades 1.257 sessões de radioterapia e 40.681 de quimioterapia.
Além de cirurgias, os hospitais também oferecem hormonioterapia, para casos de tumores no ovário e na mama, e terapia antiandrogênica, usada no tratamento de câncer de próstata. No ano passado, 1.890 pacientes foram operados para a retirada de tumores na rede pública de saúde do DF.
Melhorias
Consultas são agendadas de forma que haja uma fila única para os pacientes
No enfrentamento à doença, uma conquista importante foi a entrada em operação do equipamento PET-CT do Hospital de Base . O aparelho faz o Petscan, um exame de imagem de última geração, importante para a avaliação do estágio da enfermidade. "É de extrema sensibilidade e especificidade para a detecção de tumores de forma mais abrangente, propicia um tratamento mais adequado e específico", explica o oncologista Gustavo Ribas. Desde a inauguração, foram feitos 100 exames.
Após uma ampliação, o ambulatório de oncologia do HRT conta, atualmente, com mais cinco unidades. "Isso impacta o aumento de consultas de primeira vez", ressalta o médico. As consultas oncológicas são agendadas de forma que haja uma fila única para todos os pacientes do DF. Até novembro de 2021, foram 56.431 consultas da especialidade.
Para ser encaminhado a uma consulta oncológica, é preciso ter diagnóstico prévio, obtido por meio do exame histológico, que é uma biópsia do tumor. "O paciente é avaliado, inicialmente, nas unidades básicas de saúde, que o encaminham para a realização dos exames; e, com o resultado, a pessoa é referenciada para a oncologia", detalha Gustavo Ribas.
Instituído como Dia Mundial de Combate ao Câncer, 4 de fevereiro é uma data importante que alerta para a importância de investir na conscientização e na prevenção. Só no ano passado, 2.394 pessoas foram diagnosticadas com tumores cancerígenos pela rede pública do Distrito Federal, que oferece serviços para o diagnóstico e tratamento. Ainda em 2021, a Secretaria de Saúde (SES) registrou 2.367 óbitos causados por câncer. Pelo segundo ano consecutivo, essa doença foi a terceira maior causa de mortes identificadas pela rede pública – em 2020, foram 2.756 óbitos pela mesma causa.
Referência Técnica Distrital (RTD) em oncologia clínica, o médico Gustavo Ribas reforça que é fundamental fazer consultas regulares e exames de rastreamento, como o citopatológico – conhecido como Papanicolau –, a mamografia, o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o chamado exame do toque. "O diagnóstico precoce possibilita tratamento com maior possibilidade de cura e reduz a mortalidade", explica.
O trabalho das equipes de saúde ajuda a salvar vidas, como a de Rafael Pugliezzi Silva, 38 anos. Morador de Valparaíso (GO), ele buscou a rede pública do DF após fortes dores nas costas e no abdômen. Internado no Hospital Regional de Santa Maria, recebeu o diagnóstico de câncer no testículo esquerdo, com metástase no pulmão e na membrana que recobre a superfície dos órgãos digestivos.
Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são oferecidos pela rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde
Hospitais Universitário de Brasília, Regional de Taguatinga e de Base são as três referências no DF em tratamento oncológico
"Hoje eu estou aqui para dar o meu testemunho a quem está encarando o câncer, para dizer que não desista, porque sempre podemos ter uma segunda chance", afirma Rafael. Além do Hospital Regional de Santa Maria, ele também foi atendido no Hospital de Base, onde passou por cirurgias, sessões de quimioterapia e de hemodiálise, porque os rins pararam de funcionar durante o tratamento.
Rafael fez quimioterapia até 22 de dezembro de 2019 e retirou o último nódulo em 14 de janeiro de 2020. No ano seguinte, foi a vez da cirurgia no pulmão. Até hoje ele faz acompanhamento de três em três meses no ambulatório do Hospital de Base. "O tratamento foi completo, desde os exames, as internações e, finalmente, as cirurgias", relembra a esposa dele, Gizela Barbosa Pugliezzi.
Atendimento especializado
O DF tem três hospitais de referência para o tratamento do câncer: Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital de Base (HB), atualmente sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Até novembro de 2021, foram registradas nos ambulatórios dessas unidades 1.257 sessões de radioterapia e 40.681 de quimioterapia.
Além de cirurgias, os hospitais também oferecem hormonioterapia, para casos de tumores no ovário e na mama, e terapia antiandrogênica, usada no tratamento de câncer de próstata. No ano passado, 1.890 pacientes foram operados para a retirada de tumores na rede pública de saúde do DF.
Melhorias
Consultas são agendadas de forma que haja uma fila única para os pacientes
No enfrentamento à doença, uma conquista importante foi a entrada em operação do equipamento PET-CT do Hospital de Base . O aparelho faz o Petscan, um exame de imagem de última geração, importante para a avaliação do estágio da enfermidade. "É de extrema sensibilidade e especificidade para a detecção de tumores de forma mais abrangente, propicia um tratamento mais adequado e específico", explica o oncologista Gustavo Ribas. Desde a inauguração, foram feitos 100 exames.
Após uma ampliação, o ambulatório de oncologia do HRT conta, atualmente, com mais cinco unidades. "Isso impacta o aumento de consultas de primeira vez", ressalta o médico. As consultas oncológicas são agendadas de forma que haja uma fila única para todos os pacientes do DF. Até novembro de 2021, foram 56.431 consultas da especialidade.
Para ser encaminhado a uma consulta oncológica, é preciso ter diagnóstico prévio, obtido por meio do exame histológico, que é uma biópsia do tumor. "O paciente é avaliado, inicialmente, nas unidades básicas de saúde, que o encaminham para a realização dos exames; e, com o resultado, a pessoa é referenciada para a oncologia", detalha Gustavo Ribas.
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