Governo e sociedade civil analisaram propostas para recuperar a economia da capital
Foto: Gabriel Jabur

O governo de Brasília recebeu, nesta quinta-feira (28), sugestões e críticas de representantes da sociedade civil sobre as medidas que têm sido tomadas para equilibrar as contas e retomar o crescimento do Distrito Federal. O debate se deu durante a segunda reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do DF, na Residência Oficial de Águas Claras, da qual participaram o governador Rodrigo Rollemberg, secretários de Estado, acadêmicos e representantes do setor produtivo e de sindicatos.

A reunião foi a segunda do conselho neste ano. O governador listou as medidas que a administração pública tem tomado para impulsionar o crescimento de Brasília, como o pacote de projetos enviados esta semana à Câmara Legislativa e que prevê um aumento na arrecadação de impostos. “Além dessas medidas, que vão melhorar a saúde financeira do DF, queremos, nas próximas semanas, apresentar um conjunto de projetos, ações e investimentos que vão melhorar a qualidade de vida da população, nas áreas de mobilidade, de turismo e de ciência e tecnologia, apontando para o futuro que queremos.”

Rollemberg mencionou ainda os esforços do governo para ampliar as parcerias público-privadas e as ações para reduzir a burocracia — como o trabalho desenvolvido com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, que simplifica os processos de abertura e fechamento de empresas. Ele falou também do apoio a projetos no Congresso Nacional que têm impacto sobre a capital, como a regulamentação do comércio eletrônico, que deve ampliar a arrecadação do Distrito Federal.


Empenho

Os cerca de 20 representantes da sociedade civil foram unânimes ao admitir a gravidade do cenário econômico de Brasília e os esforços do governo para sanar a situação. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF, Luiz Carlos Ferreira, defendeu medidas que aumentem a geração de riqueza e a confiança do empresariado no governo, assim como o estabelecimento de um plano de metas de curto, médio e longo prazos. A presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Sandra Batista, sugeriu a padronização dos procedimentos nas Administrações Regionais como fundamental para diminuir a burocracia.

“É natural e positivo que haja críticas que obriguem o governo a se tornar mais ágil e eficiente, mas aqui surgiram sugestões positivas que, analisadas, vão permitir a melhoria dos procedimentos”, ponderou Rollemberg. O presidente do Conselho e secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, ressaltou que o debate aberto é um indicativo da política de transparência total, praticada pela atual gestão. “Quanto mais dialogamos com os atores e setores representativos da cidade, criamos sinergia e trazemos oportunidades de aprendizado para que possamos eventualmente corrigir alguns rumos.”